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Peixes-boi estão no zoo da FIT |
Os peixes-boi que estão em tratamento no zoológico das Faculdades Integradas do Tapajós (Zoofit), em Santarém, oeste do Pará, são objetos de uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Pará (UFPA). A ideia é comparar o material genético dos peixes-boi de água doce com os genes dos marinhos.
O projeto “Imunogenética de peixe-boi marinho e amazônico” foi aprovado pela Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES), em cooperação com a Texas A&M University. A coordenação do trabalho no Brasil da doutora Maria Paula Cruz Schneider e, nos Estados Unidos da América, do doutor Michael Criscitiello.
Para a realização do estudo, está em Santarém o biológo e professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA, Leonardo Sena, que também é coordenador do grupo de estudos Biologia e Conservação de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (BioMA).
A visita a Santarém é uma parceria da UFPA com o Projeto Peixe-Boi do ZooFIT, para coletar amostras de sangue deste mamífero de água doce da região amazônica, para extração de DNA, RNA e citogenética. Atualmente, o Zoofit atende 26 peixes-bois e todos tiveram amostras de sangue coletadas para a pesquisa.
Segundo o pesquisador, os ancestrais dos mamíferos aquáticos surgiram no habitat terrestre, porém, isto mudou devido a questões ambientais e, principalmente, à disponibilidade de nichos ecológicos após o período da extinção dos dinossauros. Alguns grupos de mamíferos foram ao ambiente marinho independentemente, dentre eles os cetáceos (golfinhos e baleias) e os sirênios (peixes-boi e dugongos). “Um dos objetivos da nossa pesquisa é tentar entender do ponto de vista evolutivo o que pode ter acontecido, as adaptações que podem ter acontecido no peixe-boi do ponto de vista imunológico, do ponto de vista da resistência patógena quando o ancestral dele saiu da terra e foi de novo para a água”, contou.
As amostras coletadas dos peixes-boi amazônicos em Santarém serão comparados com dois peixes-boi marinho em Pernambuco, no Centro de Mamíferos Aquáticos [CMA, em Itamaracá], além dos peixes-boi marinhos da Flórida, nos Estados Unidos. “Uma parte da análise é feita na Ufpa e outra parte deve ser feita na Texas A&M University, com o doutor Michael Criscitiello”, informou Sena.
Fonte: G 1 Santarém/Região
Fonte: G 1 Santarém/Região
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